Principal
Introdução
O alcance das mídias vem atingindo volumes sem precedentes nos últimos tempos. Apesar de que o poder de influência televisiva tenha desacelerado seu crescimento, os veículos de mídia cinematográfica, principalmente aqueles que também produzem conteúdo para a internet, vem crescendo exponencialmente. A influência, em si, é um assunto muito vasto e complexo; a concentração nas mídias serve para tornar a pesquisa mais precisa; especificar mídias cinematográficas e televisivas tem o mesmo propósito, só que com mais eficiência ainda.
A influência se divide em direta e
indireta, aquela em que é nítida a tentativa de vender uma ideia ou
produto, e aquela em que não é. Também pode ser por
reconhecimento, ou seja, um filme que só é assistido por uma pessoa
devido à sua grande taxa de aprovação da maioria dos outros que já
o assistiram. Mesmo que seja feita uma avaliação por usuários,
essa avaliação pode ser direcionada pelo veículo e influenciar o
espectador ou o público-alvo da maneira que mais convém.
Justificativa
Existe
um crescimento na
discussão
sobre a influência no
modo que pensamos. Paralelos à discussão, crescem os meios de
transmissão das mídias, principalmente as televisivas e
cinematográficas. Acontece, em dado momento, o encontro dessas duas
vertentes, e é ali que se localiza o nosso trabalho.
O
estudo desta influência específica nos permite entender onde e como
as escolhas de uma sociedade passam a ser guiadas pelo que dizem os
meios de comunicação. É um modo de conscientizar e compreender
esta relação entre influenciador e influenciado, como o último
reage e como vê a influência que sofre.
Objetivos
-
Entender como somos influenciados e como julgamos este controle: real, necessário?
-
Entender por que os dados coletados nos demonstram isso e qual a base para essas opiniões;
-
-
Conscientizar sobre e exaltar os efeitos dessa inferência midiática:
-
Levando em consideração as respostas recebidas com o questionário;
-
-
Demonstrar o poder das mídias na sociedade e nas decisões que esta toma:
-
Como isso pode influenciar diversos aspectos da sociedade: desenvolvimento infantil, decisões políticas etc.
-
População e amostra
População:
População total: 485.529 habitantes distribuídos entre as quatro cidades.
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Mapa de Bariri. Fonte: Google Maps |
População de Bariri: 34.328 habitantes
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Mapa de Lençóis Paulista. Fonte: Google Maps |
População de Lençóis Paulista: 65.587 habitantes
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Mapa de Macatuba. Fonte: Google Maps |
População de Macatuba: 16.246 habitantes
Amostra:
240
pessoas distribuídas entre
as quatro cidades.
Questionário
1) Qual sua idade? (Estêvão)
2) Gênero: (Estêvão)
() Feminino
() Masculino
3) Você acredita que a mídia tem um papel importante na formação de personalidades? (Estêvão)
() Sim
() Não
4) Quantas vezes você assistiu adaptações cinematográficas você já assistiu após ler o livro? (Estêvão)
() Várias vezes
() Uma ou duas vezes
() Nunca
5) Você já leu algum livro após ver sua adaptação cinematográfica? (Estêvão)
() Várias vezes
() Uma ou duas vezes
() Nunca
6) Qual faixa etária você acredita que é mais influenciada pela mídia? (Júlia)
() Crianças
() Adolescentes
() Adultos
() Idosos
7) Você acredita que filmes românticos fazem com que as pessoas idealizem um tipo de amor irreal e muitas vezes acabem se decepcionando? (Júlia)
() Sim
() Não
() Apenas se a pessoa não souber separar ficção de realidade
8) Você já comprou algo após ver em alguma mídia televisiva? (Carolina)
() Sempre compro o que vejo em programas de TV
() Comprei algumas vezes
() Nunca comprei
9) Você já fez escolhas influenciadas por algo que viu em uma produção cinematográfica ou televisiva? (Júlia)
() Várias vezes
()Uma vez ou outra
() Nunca
10) Quantas vezes por mês você vai ao cinema? (Livia)
() 0
() 1
() 2
() 3
() 4 ou mais
11) Você acredita que pessoas que assistem filmes violentos são mais violentas? (Carolina)
() Sim
() Não
()Depende do quão formada é a opinião do telespectador
12) Você acredita que uma criança pode mudar de comportamento após assistir algo? (Júlia)
() Sim
() Não
() Depende da forma que as crianças são educadas por seus responsáveis
13) Na sua opinião, o que representam as princesas da Disney? (Júlia)
() O capitalismo e o consumismo
() A submissão feminina ao homem
() A força e a independência da mulher
() Nunca assisti esse tipo de filme
() A igualdade entre os sexos
14) Você acha que as produções cinematográficas têm propaganda? (Carolina)
() Sim
() Não
() Nunca percebi
15) Você acredita que o sexismo ainda esta presente nos filmes, séries e novelas? (Livia)
() Sim, muito presentes
() Não muito
() Nem um pouco
16) Quantas horas, em média, você gasta assistindo séries, filmes e programas de TV no geral? (Carolina)
() 0 – 1
() 1 – 2
() 2 – 3
() 3 – 4
() 4 – 5
() Mais de 5 horas
17) Você se sente influenciado pelo cinema ou televisão? (Carolina)
() Sim
() Não
18) Qual seu gênero de filme favorito? (Livia)
() Terror
() Ação e aventura
() Romance
() Comédia
() Suspense
() Ficção Científica
() Musical
() Drama
() Documentários
19) Como você escolhe as mídias que irá assistir? (Livia)
() Lendo críticas
() Por indicação
() Aleatoriamente
() Analisando meu estado de espírito
20) Você já aderiu a algum bordão? Se sim, com que frequência? (Ex.: “Não contavam com minha astúcia") (Livia)
() Não
() Sim, várias vezes
() Sim, algumas vezes
() Sim, uma vez
Na televisão, é só uma novela estrear que a maioria das mulheres vai querer saber “que esmalte a Fulana que interpreta a personagem tal está usando?”. Além da cor do esmalte, o corte de cabelo e até as roupas das personagens, assim como seus acessórios e maquiagem, são influência e ditam a moda na sociedade. As novelas possuem um grande poder de emplacar uma tendência e ditar o que é novo na moda.
Analisar como as pessoas lidam com essa perspectiva de amor propagado pelos filmes é algo interessante, pois mostra como gostamos de acreditar que tudo na vida se desenrolará de forma simples e descomplicada por simplesmente amarmos alguém e sermos amados. Mas qual o motivo disso? Fugir da realidade de vida monótoma e desanimada, que muitas vezes só é possível a partir de filmes que nos influenciam a idealizar uma vida perfeita.
Kids: o filme é
um documentário que reflete os pensamentos e atitudes de um grupo
de adolescentes, que usam drogas, trocam de parceiros sexuais
indiscriminadamente, disseminam o vírus da AIDS, são abusados e
abusam sexualmente de outros.
Considerações finais
A influência da mídia na vida das pessoas não é um mistério: fica cada vez mais clara a relação que acontece entre os grandes veículos e a população. A pesquisa apresentada retrata justamente essa realidade.
Os espectadores, apesar de terem ciência da influência que os meios de comunicação exercem em suas vidas, não conseguem mensurar em que proporção isso pode afetar positiva ou negativamente as ações rotineiras de cada um.
Diante das questões apresentadas, foi possível perceber de que maneira o comportamento, as ideias e os hábitos de consumo do espectador são formulados e ratificados no dia a dia pela industria cinematográfica.
Mesmo admitindo sofrer, em alguma escala, a influência midiática, os espectadores não categorizam essas tendências como uma forma de manipulação de ideiais e conceitos e sim como apenas hábitos simples da rotina.
Dificuldades / Sugestões
Durante a execução do trabalho, o grupo teve algumas dificuldades com relação ao tempo disponibilizado para fazer cada etapa do trabalho em sala e por conta disso acreditamos que nos próximos anos o tempo para cada etapa do trabalho deveria ser dividido conforme a complexidade da tarefa a ser executada.
Tome cuidado com o tipo de conteúdo cinematográfico ou televisivo que
consome. Avalie diferentes informações de diferentes fontes. Aplique raciocínio lógico a todas as questões, principalmente aquelas apresentadas por veículos de comunicação.
Fórmulas
Revisão bibliográfica:
Texto 1: “A influência da TV e do cinema na sociedade”
A
televisão é um meio de comunicação que atinge praticamente todas
as massas. Noventa e sete por cento dos lares possuem pelo menos um
aparelho de TV, com quase noventa e oito por cento das pessoas a
assistindo todos os dias. Além disso, no Brasil, o preço médio de
um livro – por exemplo – é quase três vezes maior do que o
valor pago para se manter um aparelho de TV ligado diariamente. É
possível perceber, então, que a televisão exerce influência na
sociedade em todos os níveis. O cinema, por sua vez, também é um
meio de fácil acesso a grande parte da população, com grande poder
de entretenimento. Sendo assim, esses meios acabam influenciando no
comportamento da sociedade, uma vez que eles servem de modelo para
quem os está assistindo.
A televisão aborda, de modo geral,
os assuntos que são vividos na vida real, para que as pessoas se
sintam mais próximas daquilo que estão assistindo. Todavia, as
personagens podem ter o padrão de beleza, de vida e de personalidade
que lhes foi destinado pelo autor da obra. Na vida real, não. O
cinema procura mostrar, em alguns casos, uma realidade próxima das
pessoas, assim como a TV. Outras vezes, porém, os personagens do
cinema são apresentados como pessoas bonitas, muitas vezes sensuais,
com belas roupas e belos cortes de cabelo. A imagem dos personagens é
enaltecida e vista como a de pessoas poderosas, de sucesso e donas de
belos rostos e belos corpos.
O
sociólogo e historiador João Ramos Batanolli afirma que a
influência da televisão depende do senso crítico do telespectador.
Hoje, a grande maioria das pessoas se comporta em frente a um
aparelho de TV de forma passiva, para distração. Além disso,
existe uma articulação do poder econômico, focando no consumismo,
não apenas em propagandas, como também em novelas. “Ela
condiciona as pessoas a comprar”, conta o sociólogo.
No caso do cinema podemos ver o
tabaco e o charuto presentes em muitas produções, sempre com
conotação de poder, beleza e prepotência. Nos filmes de máfia,
por exemplo, o chefão geralmente aparece fumando um charuto, com ar
de poderoso. O cigarro, por sua vez, aparece como símbolo de beleza
nas mãos de lindas mulheres, vendendo a ideia de liberdade. Muitos
adolescentes passam a experimentar álcool e cigarro após terem
visto algum personagem do cinema ou da TV bebendo ou fumando.
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Personagem do filme "Bonequinha de Luxo" |
Na televisão, é só uma novela estrear que a maioria das mulheres vai querer saber “que esmalte a Fulana que interpreta a personagem tal está usando?”. Além da cor do esmalte, o corte de cabelo e até as roupas das personagens, assim como seus acessórios e maquiagem, são influência e ditam a moda na sociedade. As novelas possuem um grande poder de emplacar uma tendência e ditar o que é novo na moda.
O Centro de Atendimento ao
Telespectador da Rede Globo de Televisão (CAT) recebe 1500 ligações
e cerca de 10 mil e-mails por dia de telespectadores querendo saber
informações sobre a roupa, corte de cabelo, acessórios e maquiagem
de personagens. Quando o look da personagem está de acordo com a
temporada a procura aumenta ainda mais, como, por exemplo, cabelos
curtos na novela quando é verão, que viram tendência de forma
muito mais rápida.
Por mais que sejam meios de
entretenimento, a televisão e o cinema são, acima de tudo, uma
indústria.
Comentário do texto 1 (Júlia):
O texto acima fala de como a
televisão, sendo um dos mais influentes meios de comunicação
atual, se não o maior, acaba influenciando as pessoas de todos os
gêneros e faixas etárias. Segundo um sociólogo todo o tipo de
influência depende apenas do nível de senso crítico de uma pessoa
quanto a determinado assunto, deixando assim a mensagem de que as
pessoas só se influenciam por aquilo que é de seu interesse.
Outro tópico relacionado ao tema é
o fato de que o cinema nos anos 60 e 70, por exemplo, passavam uma
imagem de que o uso de cigarros era algo belo e elegante o que
motivou as pessoas a fumarem, crescendo assim o número de viciados
no tabaco, que faz com que proporcionalmente, o número de doenças
causadas por este vício aumentem.
Em suma, o texto citado mostra vários
aspectos de como as mídias cinematográfica e televisa nos levam a
mudar a nossa personalidade, nossa forma de vestir e até incentivam
o consumo de drogas lícitas, lógico, levando em conta sempre que
nosso senso crítico faz grande diferença na hora de escolhermos o
que irá nos influenciar.
Texto 2: “Desenhos são inimigos das crianças”
Papa-Léguas e Coiote, Tom e Jerry,
Pica-Pau, Pernalonga. O que esses desenhos têm em comum? As
primeiras noções de sarcasmo, vingança, agressividade e trapaça
que talvez tenham sido aprendidas por meio dos desenhos animados.
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Cena do desenho "Papaléguas" |
Juan Enrique Dias Bordenave em seu
livro O que é comunicação (2006) diz que é praticamente
impossível não se comunicar. Um tom de palavra falada, os
movimentos do corpo, a roupa que se veste. Até mesmo, o silêncio,
às vezes, o silêncio comunica. E é aí, que se encontra o
problema. Se tudo na vida pode ser decodificado, qual seria a
decodificação, incorporação e reação de uma criança diante de
uma cena violenta muitas vezes imperceptível dentro de uma cena de
desenho animado?
Em pesquisa realizada em 1998 pela
ONU (Organização das Nações Unidas) descobriu-se que uma criança
brasileira que assiste a duas horas diárias de desenho animado, está
exposta a 40 cenas de violência explicita. Se for somado o tempo de
exibição durante um ano, mais de 14.400 cenas de violência seriam
transmitidas nas salas de estar das famílias brasileiras.
Geralmente as crianças começam a
ver desenhos animados a partir dos 2 anos. Já aos 6, quase 100%
delas já são clientes cotidianas da TV. O conteúdo dos programas
não lhes é totalmente compreensível. Mas, então o porquê se
preocupar, já que elas não entendem o que está se passando? As
crianças mais novas assimilam a ação dos acontecimentos por meio
dos efeitos particularmente sonoros que visam a “segurar” a
atenção. Podemos provavelmente assimilar a seguinte ideia de que
eles possuem ao ver uma cena de violência, é a de que “é o mais
forte que tem razão”.
Segundo estudo publicado em novembro
de 2007 para a revista médica Pediatrics, meninos de 2 a 5 anos que
veem desenhos animados violentos na televisão têm mais
probabilidade de ficarem mais agressivos ou desobedientes quando mais
velhos.
“A maioria dos pais acha que os
desenhos animados não são ameaçadores para seus filhos porque,
afinal, não são reais e são divertidos. Mas a verdade é que as
crianças pré-escolares não distinguem entre a fantasia e a
realidade, de maneira que o fazem as crianças mais velhas e os
adultos. Para eles tudo é bem real”, afirmou Dimitri Christakis,
principal autor do estudo.
Sendo assim, cenas violentas passam a
ser algo normal no cotidiano dos pequenos. Além do mais, é possível
que as crianças tentem imitar a violência dos personagens, porque
muitas vezes as cenas são consideradas como engraçadas e sem
consequências mais sérias.
Um exemplo disso seriam as cenas que
envolvem o Papa-Léguas e o Coiote, personagens do desenho animado,
da Warner Bros, onde muitas delas mostram o coiote caindo de um
precipício ou sendo esmagado por uma imensa pedra, mas ele sobrevive
ao fim de cada episódio.
As crianças pré-escolares não
distinguem entre a fantasia e a realidade, para elas, tudo é bem
real.
Devemos lembrar, porém, que em
muitas casas brasileiras, a televisão serve com o principal rede de
informação e o público representa a maioria da faixa etária
infanto-juvenil. Às vezes, a TV acaba tendo a função de babá
eletrônica.
Entretanto, apesar de muitos
colocarem a culpa na televisão como emissora de atos violentos, se
esquece de que em parte temos culpa nesse processo.
Os pais têm um importante papel
nesse processo de comunicação que ocorre na formação de
conhecimento e caráter da criança. Eles devem interpretar as
mensagens dos desenhos, mostrar aos filhos o que é certo e errado,
estabelecer limites e fornecer formas de entretenimentos mais
saudáveis e divertidas. Claro que a mídia tem também a função de
transmitir o entretenimento e a informação, porém deve ser
alertada constantemente que é uma peça fundamental na formação de
valores para as gerações futuras. O controle dos pais não será
suficiente caso a influência continue sendo erroneamente aplicada.
Comentário do texto 2 (Carolina):
As primeiras influências que as
pessoas sofrem através da mídia acontecem por volta dos 2 anos de
idade, quando começam a assistir desenhos animados e por volta dos 6
anos 100% delas já são clientes cotidianos da televisão. Numa
pesquisa da ONU realizada em 1998, constatou-se que uma criança
brasileira que assiste duas horas diárias de desenho animado está
exposta a 40 cenas de violência explícita. Em um ano, mais de
14.400 cenas de violência seriam exibidas para essas crianças.
Segundo estudo realizado pela revista
Pediatrics, em 2007, meninos de 2 a 5 anos que veem desenhos
violentos tendem a se tornar mais agressivos quando crescem. Os
produtores dessas mídias se preocupam apenas com efeitos que prendem
a atenção das crianças, e não com as repercussões que eles podem
ter.
A
comunicação audiovisual
não é apenas mais um mecanismo informativo, é uma formadora de
opinião que está acima das críticas, que ao difundir uma ideia
errada pode prejudicar a percepção de realidade e fantasia das
crianças, prejudicando, assim, as gerações futuras.
Texto 3: “Marketing Nutricional”
A comunicação é um elemento-chave
do marketing, sendo uma das etapas finais do seu planejamento
estratégico. É fundamental para as atividades de divulgação de
produtos, das quais se destacam a publicidade e a propaganda.
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Representação da influência midiática agindo sobre um indivíduo |
O marketing nutricional busca mostrar
os produtos de uma forma que os consumidores possam se sentir
atraídos por eles, uma vez que os clientes se tornaram mais
conscientes em relação a hábitos de vida saudável. O melhor nível
de conhecimento da população tem feito com que as empresas e os
profissionais de marketing busquem estratégias que visam à
conquista dos consumidores e consequentemente, maior disseminação e
lucro de seus produtos. […] O marketing nutricional é efetuado de
diversas formas pelas empresas de produtos alimentícios. Uma das
formas mais importantes consiste na veiculação de tabelas com
informações nutricionais do produto, ou seja, a descrição do
conteúdo de energia e nutrientes do alimento.
Dados recentes demonstram que 70% das
pessoas consultam rótulos dos alimentos no momento da compra, no
entanto, mais da metade não compreende adequadamente o significado
das informações.
- Regulamentação e Estratégia da mídia para o público infantil
As propagandas alimentares infantis
têm gerado grandes polêmicas, já que houve um grande aumento no
consumo de produtos industrializados. Os produtos alimentícios estão
presentes em grande parte do que é anunciado nas mídias em geral.
De um modo geral, crianças e
adolescentes não têm maturidade suficiente para controlar suas
decisões de compra. Apesar da regulamentação envolvendo o
marketing de alimentos para crianças evoluirem rapidamente, são
poucos os modelos que podem gerar o desenvolvimento de estratégias
eficazes futuras.
Essas regulamentações são
importantes para que o Estado tenha certo controle sobre a mídia,
uma vez que os governos não conseguem investir tão pesado em
alimentação saudável quanto às indústrias […]
-Composição Nutricional dos principais produtos veiculados pela mídia para o público infantil
Um
estudo realizado no Brasil teve como objetivo registrar a quantidade
e a qualidade de produtos alimentícios veiculados pelas principais
redes de TV de canal aberto do País. Dos 1.395 anúncios de produtos
alimentícios veiculados, 57,8% estão no grupo da pirâmide
alimentar representado por gorduras, óleos, açúcares e doces. O
segundo maior grupo foi representado por pães, cereais, arroz e
massas (21,2%), seguido pelo grupo de leites, queijos e iogurtes
(11,7%) e o grupo de carnes, ovos e leguminosas (9,3%).
Comentário do texto 3 (Livia):
O público infantil possui maior
tendência a ser influenciado pela mídia, já que as crianças ainda
estão em processo de crescimento e aprendizagem, onde recebem muita
informação. A televisão é um dos principais meios de divulgação
da mídia, acompanhada da internet, jornais e revistas.
A polêmica envolvida no marketing
dos alimentos é grande, pois com o aumento na quantidade de produtos
industrializados, os produtos naturais são deixados para trás,
afinal a imagem de rápido e fácil passada pelos alimentos
industrializados nos prometem uma vida mais simples.
Já o marketing nutricional aliado a
regulamentação e estratégia da mídia vem para conscientizar as
crianças sobre uma boa alimentação e assim, alcançar um bem-estar
físico e mental.
Uma pesquisa realizada no Brasil
apresenta a quantidade e a qualidade de produtos alimentícios
vinculados a um canal popular de TV. Sendo 1.395 anúncios de
produtos alimentícios, 57,8% representam gorduras, óleos, açúcares
e doces. O segundo maior grupo foi representado por pães, cereais,
arroz e massas (21,2%), seguido pelo grupo de leites, queijos e
iogurtes (11,7%) e o grupo de carnes, ovos e leguminosas (9,3%).
Sendo assim, pais, profissionais de saúde e de educação devem promover campanhas convocando as empresas do ramo alimentício, bem como as mídias voltadas ao público infanto-juvenil, a estimularem o marketing de alimentos de forma responsável e saudável, para que, esse cenário em que os nossos adolescentes se encontram possa mudar o quanto antes.
Sendo assim, pais, profissionais de saúde e de educação devem promover campanhas convocando as empresas do ramo alimentício, bem como as mídias voltadas ao público infanto-juvenil, a estimularem o marketing de alimentos de forma responsável e saudável, para que, esse cenário em que os nossos adolescentes se encontram possa mudar o quanto antes.
Texto 4: “Estudo da FFLCH discute influência do cinema na construção da noção de amor”
A relação entre a produção cinematográfica hollywoodiana e a maneira como o amor é visto na sociedade é o tema da tese de doutorado Projetando a subjetividade: a construção social do amor a partir do cinema, de autoria de Túlio Rossi e apresentada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. O estudo, desenvolvido ao longo de quatro anos de pesquisa, procura entender como os filmes influenciam a construção das noções de amor, bem como a reprodução de crenças e valores morais a partir da idealização da experiência amorosa.
Túlio, que já possuía o interesse
de promover uma discussão sobre as relações entre conteúdos de
mídias audiovisuais e formas de interagir e expressar percepções,
foi atraído pela temática amorosa tanto a partir das análises de
teóricos quanto pela observação de determinadas situações do
cotidiano. “Sempre me incomodou a tendência de separar o emocional
do racional. Inquietavam-me os discursos sobre amor que,
frequentemente, lhe atribuíam uma aura mística e, por isso mesmo,
dogmaticamente inexplicável e incompreensível. Chamava-me a atenção
também o quanto era comum as pessoas, ao darem conselhos sobre a
vida amorosa, citarem situações e falas de filmes – geralmente
hollywoodianos – para sustentar seus argumentos a favor das crenças
que possuíam sobre a ‘realidade’ do amor”.
Para
a construção da tese, Túlio analisou, em um primeiro momento, como
o amor é visto na atualidade. Tendo como base a leitura de diversas
obras, percebeu que a concepção amorosa que permeia os dias de hoje
ainda é pautada no ideal do amor romântico. Posteriormente, partiu
para o estudo filmes produzidos em Hollywood ao longo das décadas de
1990 e 2000, tendo como foco a investigação de cinco títulos,
todos de grande sucesso de crítica e mercado: Uma
Linda Mulher,
Sintonia
de Amor,
Titanic,
Closer
– Perto Demais
e O
Amor Não Tira Férias.
A opção pela análise do cinema norte-americano se deu não apenas
pelo seu alcance em escala global, mas também pela grande influência
exercida pela produção hollywoodiana nas concepções construídas
pelas pessoas.
Entre
as observações do estudo, está o fato de que o cinema, além de
ser tomado como referência pelas pessoas, também acaba se colocando
como um parâmetro, uma vez que as próprias produções
cinematográficas fazem alusões aos filmes para abordar a questão
do amor. Um dos exemplos destacados nesse contexto pela pesquisa é o
filme Sintonia
de Amor.
“A protagonista, interpretada por Meg Ryan, assiste a um filme de
amor antigo com a amiga e comenta: ‘Aquela era a época em que as
pessoas sabiam amar’. E sua amiga, construída como personagem mais
cética, responde: ‘Esse é o seu problema. Você não quer estar
apaixonada. Você quer estar apaixonada em um filme’. Essa
distinção entre ‘fantasia’ e ‘realidade’, em relação ao
amor no cinema hollywoodiano, é recorrente e bem marcada, sendo que
o amor é colocado, em geral, como mais próximo da fantasia, e isso
é trabalhado nos filmes, indiretamente, como um caráter
legitimador”.
Um dos objetivos da tese foi discutir
as crenças amorosas, tidas como naturais nos filmes, entre as quais
se destacam questões relacionadas à noção de monogamia, de
eternidade e de oposição entre a razão e a emoção. E esse
processo permitiu uma surpresa para o próprio pesquisador: “Percebi
o quanto eu tinha crenças enraizadas – e muitas delas
conservadoras – em relação ao amor. Como cientista social, senti
que estava suficientemente ‘preparado’ para colocar em questão
meus próprios dogmas em relação à afetividade, contudo, à medida
em que desenvolvia a pesquisa, percebi que eu, enquanto indivíduo,
precisava colocar em questão muitas das minhas próprias crenças,
as quais antes eu não questionava justamente por tê-las
internalizado como formas pressupostamente ‘objetivas’ de
enxergar e experimentar o mundo”.
A importância do estudo sobre a interação entre os filmes e as pessoas no momento da construção amorosa se dá, fundamentalmente, pelo fato de que a relação que cada um desenvolve com o cinema extrapola as fronteiras da experiência individual: “Tendo em vista toda a valorização do amor, do ‘encontrar alguém’, considerado no senso comum como condição fundamental e universal para a felicidade – para muitos, ritualmente consolidada no casamento – o tema é relevante por não se limitar à experiência pessoal de cada um, afetando a maneira como as pessoas vivem em sociedade, constroem laços, planejam suas vidas, reproduzem crenças e, sobretudo, estabelecem relações”.
Comentário do texto 4 (Júlia):
A população mundial cresce
assistindo filmes românticos e com isso, acaba criando expectativas
de um amor perfeito, que passa por problemas que são resolvidos com
um beijo de amor. Mas todos sabem que na realidade tudo é muito
diferente e que relacionamentos amorosos são difíceis de se lidar,
no geral, na correria do mundo moderno.
Analisar como as pessoas lidam com essa perspectiva de amor propagado pelos filmes é algo interessante, pois mostra como gostamos de acreditar que tudo na vida se desenrolará de forma simples e descomplicada por simplesmente amarmos alguém e sermos amados. Mas qual o motivo disso? Fugir da realidade de vida monótoma e desanimada, que muitas vezes só é possível a partir de filmes que nos influenciam a idealizar uma vida perfeita.
Texto 5: “A influência de filmes violentos em comportamento agressivo de crianças e adolescentes”
Experimento I
Participantes:
A amostra foi constituída de 160 sujeitos, 80 adolescentes do sexo masculino e 80 do sexo feminino, alunos de escola pública, com idade variando entre catorze e dezesseis anos. O grupo de 80 adolescentes do sexo masculino foi subdividido em quatro, com vinte participantes em cada um deles. Cada grupo de vinte foi submetido a uma das condições experimentais:
Grupo I - filme violento com herói: TimeCop - O Guardião do Tempo;
Grupo II - documentário de violência com adolescentes, intitulado Kids;
Grupo III - filme cooperativo, intitulado Águas Perigosas;
Grupo IV - grupo controle. O mesmo aconteceu com o grupo das 80 adolescentes do sexo feminino.
Grupo I - filme violento com herói: TimeCop - O Guardião do Tempo;
Grupo II - documentário de violência com adolescentes, intitulado Kids;
Grupo III - filme cooperativo, intitulado Águas Perigosas;
Grupo IV - grupo controle. O mesmo aconteceu com o grupo das 80 adolescentes do sexo feminino.
Materiais:
Medidas de agressividade:
Foram registrados os seguintes
comportamentos agressivos: a) Agarrar: segurar com uma ou ambas as
mãos parte do corpo do adversário impedindo o seu movimento; b)
Chutar: bater com o pé no corpo do adversário provocando o
deslocamento do mesmo; c) Cotovelada: bater com um dos cotovelos no
corpo do adversário provocando o deslocamento do mesmo; d) Discutir:
falar em qualquer tom de voz discordando ou reivindicando com seu
companheiro, adversário, técnico ou juiz; e) Empurrar: deslocar o
corpo do adversário utilizando-se da parte superior de seu corpo -
mãos, braços, ombro; f) Puxar a camisa: pegar a camisa do
adversário provocando o deslocamento da camisa, impedindo ou não o
movimento do adversário; g) Rasteira: colocar o pé ou perna junto
ao corpo do adversário, provocando queda do mesmo ou perda do seu
equilíbrio; e, h) Xingar: dizer palavrões, em qualquer tom, para
uma pessoa ou sem participante definido.
- Filmes utilizados:
Águas Perigosas:
um grupo de quatro adolescentes vai passar as férias acampando,
acompanhados por um guia. Mesmo apresentando personalidades
diferentes, o grupo aprende a agir como equipe ao se deparar com uma
difícil situação, onde uns precisam cooperar com os outros para
solucionar o problema.
Procedimentos
Os participantes formaram quatro
times, com cinco jogadores em cada um, que jogaram futebol por um
período ininterrupto de trinta minutos. Cada participante foi
observado por seis minutos em intervalos alternados (1º, 6º, 11º,
16º, 21º, e assim por diante). Os comportamentos do goleiro não
eram registrados. As observações ocorreram em esquema de registro
de intervalo a cada dez segundos (10"). Dois participantes foram
observados simultaneamente por duas duplas de observadores. Os
participantes do grupo controle foram diretamente para o jogo de
futebol de salão sem assistirem a qualquer filme. Os times eram
formados por participantes do mesmo sexo, que jogavam sempre com
participantes do seu próprio sexo.[…]
Resultados:
Experimento I:
O Experimento I refere-se ao estudo
realizado com os adolescentes, de ambos os sexos, que foram
subdivididos em quatro grupos experimentais, sendo três em função
dos filmes e um grupo controle. Os dados referentes a este estudo
foram analisados através da estatística do teste t de Student.
A Figura 1 apresenta a comparação
entre as médias dos comportamentos agressivos durante um jogo de
futebol de salão para os dois sexos. A primeira análise demonstrou
que em dois grupos experimentais as diferenças entre os sexos foram
significativas, ou seja, após assistirem aos filmes Time Cop e
Kids (t= -2,17; p=0,05 e t =-2,09; p=0,05, respectivamente,
gl=19) os adolescentes do sexo masculino apresentaram comportamentos
agressivos superiores aos índices apresentados pelas adolescentes do
sexo feminino. Porém no que se refere, tanto ao grupo controle (t=
-1,9; p= 0,01; gl=19), como aos participantes que assistiram Águas
Perigosas (t= -1,14; p= 0,3; gl=19), a média dos comportamentos
agressivos para homens e mulheres foi semelhante.
Em seguida, foram comparadas as
médias dos comportamentos agressivos do grupo controle feminino com
os três grupos experimentais do mesmo sexo. A estatística aplicada
demonstrou que as diferenças entre elas não eram significativas
para dois grupos, a saber: Águas Perigosas (t = 0,31;
p=0,8; gl=19) e Timecop (t= -1,57 ; p=
0,10; gl=19). No entanto, quando a comparação foi feita com
as adolescentes que assistiram ao filme Kids a diferença
mostrou-se estatisticamente significativa (t= 4,17; p=0,001;
gl=19).
E, finalmente, os dados referentes aos adolescentes do sexo masculino mostraram que quando compararam-se as médias dos participantes do grupo controle com as dos demais grupos verificou-se que essas mostraram diferenças estatisticamente significativas para aqueles que assistiram ao filme Timecop (t= -2,74; p= 0,013; gl=19) e Kids (t= 3,63; p= 0,001; gl=19). Porém, após assistirem ao filme Águas Perigosas (t= -1,03; p= 0,3; gl=19) as médias dos grupos se apresentaram semelhantes. Os desvios padrão das médias foram de 2,839 para as adolescentes do sexo feminino e 4,118 para os meninos que assistiram ao filme Águas Perigosas; de 7,818 para as meninas e 13,861 para os adolescentes do sexo masculino que assistiram ao filme Kids; de 7,222 para as meninas e 11,797 para os meninos que assistiram ao filme Timecop e de 3,242 para as meninas e 6,256 para os meninos do grupo controle.
[...]”
[...]”
Comentário sobre o Texto 5 (Estêvão):
Esse texto vem trazendo um tópico
importante no estudo da influência, a violência nas produções
cinematográficas e televisivas que vem alterando o comportamento dos
expectadores, principalmente do público mais jovem.
O texto traz um resumo do conteúdo de cada filme para bem de comparação no gráfico posteriormente apresentado, demonstrando com um grupo controle a alteração que ocorre quando são expostos a filmes mais violentos.
Texto 6: “Pesquisa mostra que a TV influencia quase metade dos assuntos do Twitter”
Depois
do final da última novela das nove, ficou comprovado o poder da
televisão sobre os assuntos mais comentados do Twitter. E o estudo
realizado pela E.Life mostra que, de fato, é a TV quem comanda os
tópicos discutidos na rede social.
O
trabalho, chamado de “Trending Topics do Twitter”, foi realizado
com base no terceiro trimestre de 2012 e apontou que os debates sobre
a programação televisiva dominam – direta ou indiretamente –
cerca de 40% dos assuntos mais comentados no Twitter. De acordo com a
pesquisa, diversas razões justificam o fato.
A
principal delas seria o fato de que, graças à internet móvel, cada
vez mais as pessoas acessam o microblog enquanto assistem à
televisão. Além disso, programas populares sempre acabam se
tornando “o centro das atenções” em qualquer reunião social,
de forma que no Twitter isso não seria diferente.
A
pesquisa aconteceu em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os dias 1º
de julho e 30 de setembro e levou em consideração nove tópicos
principais: tecnologia, cinema, datas comemorativas, eventos,
esportes, internet, música, notícias, política e, é claro,
televisão.
Comentários texto 6 (Júlia):
Na
notícia acima, podemos observar o quão comentado são os programas
de TV, ao se observar um levantamento sobre os “Trending Topics do
Twitter”, onde o assunto TV foi o terceiro mais comentado em
durante 6 meses.
Essa
notícia mostra como os programas de televisão aumentam seu alcance
por conta das redes sociais, pois com acontecimentos impactantes,
engraçados ou inéditos as pessoas terão vontade de demonstrar aos
amigos e seguidores quais foram as sensações que eles sentiram ao
assistir, instigando outras pessoas a assistirem ao programa
comentado.
https://www.tecmundo.com.br/twitter/31704-pesquisa-mostra-que-a-tv-influencia-quase-metade-dos-assuntos-do-twitter.htm
Acessado em 26/05/2017
http://justificando.cartacapital.com.br/2014/12/12/a-formacao-de-uma-sociedade-do-medo-atraves-da-influencia-da-midia/
Acessado em 02/10/2017
http://www.faperj.br/?id=1045.2.0
Acessado em 06/05/2017
https://canalcienciascriminais.com.br/a-influencia-da-midia-no-comportamento-social/
Acessado em 06/10/2017
Referências
Acessado em 09/05/2017
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/a-influencia-da-midia-na-alimentacao-infantil/14570
https://www.tecmundo.com.br/twitter/31704-pesquisa-mostra-que-a-tv-influencia-quase-metade-dos-assuntos-do-twitter.htm
Acessado em 26/05/2017
http://justificando.cartacapital.com.br/2014/12/12/a-formacao-de-uma-sociedade-do-medo-atraves-da-influencia-da-midia/
Acessado em 02/10/2017
http://www.faperj.br/?id=1045.2.0
Acessado em 06/05/2017
https://canalcienciascriminais.com.br/a-influencia-da-midia-no-comportamento-social/
Acessado em 06/10/2017